quinta-feira, abril 06, 2017

Turismo Espacial: daqui até à Lua ou da Lua até aqui

Num mundo evolutivo e, acima de tudo, em constante crescimento tecnológico, o ser humano não pára de sonhar em busca de novos sonhos e novos desafios. Se a ida à Lua em 1969 foi um grande feito para a época, a descoberta de ondas gravitacionais no ano transato veio dar ênfase e acreditação à Teoria Geral da Relatividade proposta por Einstein em 1915, deixando a humanidade perplexa.
Com feitos desta imensidão, o ser humano continua a querer conhecer mais e mais, sendo que um dos sonhos de grandes companhias ligadas à astronomia ou mesmo de pessoas com grande poderio financeiro seria a criação de espaços turísticos no Espaço, nomeadamente na Lua. O que irei falar neste artigo será sobre isso mesmo, o turismo espacial, nomeadamente o recente projeto do Space X.
No dia 1 de maio de 2017, o Space X, empresa espacial privada, avançou com um programa bastante ambicioso, onde confirma que, em 2018, será feita a primeira viagem turística ao solo lunar. Nesta viagem, será utilizada uma nave construída pela NASA, de nome “Dragon 2”, e que será exclusivamente para dois clientes, onde, após ser colocado um preço base exorbitante, o sorteio será feito numa espécie de leilão onde esses lugares serão, obviamente, entregues a quem pagar o maior montante.
Este tipo de turismo é mencionado há dezenas de anos, tendo mesmo havido grandes empresários portugueses a envolverem-se em diferentes projetos, como é o caso de Mário Ferreira, que continua ligado à Virgin Galactic, uma empresa privada de turismo espacial que foi criada em 2004 e que já contou com várias desistências face a experiências falhadas que provocaram sobretudo mortes, como é o caso do co-piloto a bordo da nave “SpaceShip Two”, que se despistou num teste em 2014.
Apesar de ainda não ter sido feita qualquer viagem turística ao espaço, este mesmo pode mudar por completo o mercado turístico mundial no longo prazo e poderá, caso seja completado com sucesso, começar a expandir-se para vários pontos do Mundo, deixando assim este pequeno nicho de mercado que por enquanto atinge, passando assim a ser uma oportunidade para um segmento maior de mercado.
As expetativas são grandes e a verdade é que a Space X já adianta mesmo uma possível viagem turística a Marte, também em 2018, algo que faz todo sentido após a descoberta da NASA, que detetou átomos de oxigénio em Marte. Para todos os efeitos, o turismo espacial pode ser o futuro, muito maior do que a nossa imaginação pode alcançar.

Rui Morais Barroso

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)

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