quarta-feira, janeiro 11, 2012

Sexta-feira, 13

A Sexta-feira no dia 13 de qualquer mês, é considerada popularmente como um dia de azar. 
O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 signos do Zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias. 
Em Portugal, muitas cidades e vilas celebram a Sexta-feira 13. A maior festa acontece no castelo de Montalegre, Trás-os-Montes. Em Montalegre, é sem duvida, o local onde o evento Sexta-feira 13 é comemorado da melhor forma, por trazer a esta vila transmontana bruxas, bruxos, bruxedos, feitiços, encenações teatrais, jantares embruxados e já famosa queimada (“o esconjuro da queimada”) onde o famoso Padre Fontes faz a reza do esconjuro que é partilhada e bebida por todos os presentes que queiram espantar os azares e o “mau olhado” e , para outros, aquecer a alma. E, portanto, em todas as sextas-feira 13 do ano há um forte produto turístico na região, onde milhares de pessoas visitam a região para admirar de perto todas aquelas tradições não habituais no dia-a-dia corrente dos portugueses. 
Por outro lado, a capital do Barroso tem como principal cartaz turístico a Festa do Fumeiro, que se realiza 15 dias depois da primeira sexta-feira 13 do ano. A característica fundamental da Feira do Fumeiro de Montalegre é o clima festivo que a envolve com a mostra de fumeiros e presuntos, mas também de doçaria, ervas aromáticas, pão de centeio e outros produtos regionais. Tudo acompanhado pela animação de grupos de concertinas e apresentações de chegas de bois. 
Mas importante de referir, é nomeadamente a importância da chegada dos muitos turistas a Montalegre que fazem aumentar a relevância deste tipo de eventos/tradições que provocam sempre um impacto anual na economia rural desta região, por ser praticamente uma região de trabalho agrícola. 
Deixo, portanto, o meu incentivo a participar e conhecer novas tradições…


António José Costa Martins Barros Rodrigues

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

1 comentário:

Miguel disse...

O número 13, e se recuarmos no tempo até ao paleolítico, está associado ao período fértil da mulher, que acontece 13 vezes por ano.
Este número foi assim considerado ao longo dos tempos como número da sorte ou número do azar.

Cumprimentos
Miguel Martins