quinta-feira, janeiro 12, 2012

Petratex- uma empresa que quebra recordes olímpicos

A petratex é uma empresa sediada na capital do móvel, Paços de Ferreira, e desenvolve, fabrica e fornece vestuário. Petratex já existe à 22 anos que os vem marcando com inovação e qualidade, culminando com uma das melhores invenções de 2008 atribuída pela revista TIME, o LZR racer.
O LZR racer é um fato de natação de alta tecnologia, chamada “Nosew”, composto por elastano, nylon e poliuretano. Foi projectado em conjunto com a NASA e instituto nacional de desporto da Austrália e foi lançado a 13 de Fevereiro de 2008.Um dos primeiros atletas de alta competição a utilizar o fato  foi Michael Phelps, vencedor de 8 medalhas de Ouro em Pequim.  A federação internacional de natação aprovou o seu uso antes da olimpíadas de 2008 .
Foi neste período que este produto português subiu para as luzes da ribalta. Antes das olimpíadas três recordes mundiais já tinham sido batidos por nadadores utilizando este fato.  Nas olimpíadas foi a confirmação do potencial do fato: 89% das medalhas ganhas foram conquistadas por nadadores utilizando o LZR racer, 23 dos 25 recordes mundiais batidos também têm marca do LZR racer e todos eventos dos homens  foram ganhos por nadadores que utilizavam este fato.
O crescente mediatismo deste fato fez que com gerasse muita controvérsia porque já havia nadadores que utilizavam dois fatos que cobriam todo o corpo menos a cabeça, o que levou a que o LZR racer fosse apelidado de “ doping tecnológico”. Após um 2009 em torno de muita discussão , a 24 de Julho de 2009, em Roma , A federação internacional de natação baniu a utilização do LZR racer.
Apesar deste duro golpe, a Petratex tem trabalhado em busca de novas tendências e materiais para desenvolver a segunda geração de LZR racer de acordo com os  novos regulamentos da Federação internacional de natação, com o objectivo de novamente estabelecer recordes em 2012, Londres.
O impacto da Petratex  é enorme pois demonstra a capacidade de inovação e qualidade numa região dominada pelo sector móvel  e inclusive levou ao aparecimento , na região, de empresas inovadoras de outros ramos de actividade, tal como Vicoustic e , também, ao investimento estrangeiro por de In chain Logistics, proveniente da Bélgica.
A petratex pode e devia ser uma metáfora para os dias difíceis que a nossa sociedade atravessa neste momento, uma das maiores crises financeiras da história. Este duro golpe tem que ser visto como uma oportunidade, reconhecendo os erros , corrigi-los  e provavelmente tornar-nos mais fortes e inovadores,  continuando a bater recordes e atingindo a glória como muitos nossos antepassados fizeram.

Marílio Meireles

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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