terça-feira, janeiro 31, 2012

Documentário "Barrocal do Douro _ memórias dos que ficam"

«O projecto Memóriamedia tem o prazer de apresentar o documentário



Este trabalho, gravado em Barrocal do Douro em Setembro de 2010, está disponível na secção “Lugares” do site www.memoriamedia.net. Um documentário realizado entre alguns dos últimos habitantes de um enclave do modernismo arquitectónico erguido nos anos 50 do século XX para dar apoio à construção e funcionamento da barragem do Barrocal, Picote.

Um projecto que contou com o apoio da Frauga – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote e Terra Master – Ecomuseu da Terra de Miranda

O  MEMORIAMEDIA tem como objectivo fixar por meios multimédia momentos da tradição oral, histórias de vida e histórias de lugares, organizar e divulgar os conteúdos no formato web-vídeo. Este projecto resulta de parceria entre o I.E.L.T – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa  e Memória Imaterial - Cooperativa Cultural CRL.
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Memoria Imaterial
Cooperativa Cultural - CRL
móvel 962619496
móvel 918107756»

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

domingo, janeiro 29, 2012

Mudanças e importância do UEFA EURO 2012 ™ para Varsóvia e seus arredores

As duas palavras "A Polónia e a Ucrânia", faladas por Michel Platini a 18 de abril de 2007, foram aprovadas pelos polacos com grande entusiasmo. Sedes da final do UEFA EURO 2012 ™, é para estes países uma grande honra e é também uma oportunidade para a promoção do desporto e para recolher benefícios financeiros para os todos os polacos e ucranianos, e acima de tudo para as cidades-sede. A apresentação oficial do logotipo do Campeonato Europeu de 2012 foi realizada na praça Mikhailovsky, a 14 de Dezembro de 2009, e em Kiev. O logotipo refere-se aos organizadores e à cultura de ambos os países, os polacos e ucranianos. O elemento central desta composição é a bola. A partir desta, cresce, do lado ocidental, flores brancas e vermelhas, uma cor que simboliza a Polónia, e do lado direito, flores em azul e amarelo, com as cores da Ucrânia.
O Campeonato Europeu de futebol em 2012 será realizado em oito estádios. Estes são: o Estádio Nacional de Varsóvia, em Gdansk; PGE Arena Estádio Municipal de Poznan; Wroclaw Municipal Stadium; Estádio Olímpico de Kiev; Donbass Arena, em Donetsk; Metalist Kharkiv; e Lviv Arena. Além dos oito cidades anfitriãs, o Euro 2012 contará com a presença de outras localidades como centros de acolhimento do Euro 2012, onde se vão treinar para as equipas de futebol nacionais. Em 2011, as várias representações, em cooperação com a UEFA, escolheram os centros de residência definitiva. Na Polónia, vão estar 13 equipas, e 3 equipas na Ucrânia. Entre estas cidades, na região de Mazovia,  estão: Legionowo, Varsóvia, Józefów, Warka e Pulawy. Nos últimos meses, foram visitadas por muitas delegações de associações nacionais de futebol. Todos os centros de acolhimento têm um padrão de 4 a 5 estrelas. Legionowo preparou para os jogadores um moderno hotel de Wellness & Spa Warszawianka, que oferece não só um centro de conferências, mas também espaços de lazer atraentes, que incluem um centro de bem-estar e spa. Os jogadores podem treinar no estádio municipal. Todo o complexo está situado 37 km da capital. A equipa que decidiu alojar-se em Varsóvia, ficará no elegante hotel Le Meridien Bristol, situado no coração da capital. Para chegar ao Estádio Nacional demora menos de 10 minutos. Holiday Inn é outro hotel que estará esperando uma representação nacional. Este foi o local de alojamento escolhido por Józefów. Este centro não é apenas um centro de bem-estar bem, mas também um centro de grandes negócios, localizado a cerca de 20 km de Varsóvia. Os treinos da equipa que aí fica alojada realizar-se-ão no Estádio Municipal de Sulejówek, cidade situada junto a Varsóvia. Para uma equipa que escolheu ficar em Warka Sielanka Hotel, está seleccionado um centro de formação adjacente. O hotel está localizado a apenas 60 km de Varsóvia. Pulawy preparou o Rei Casimir Hotel, que é um complexo desportivo moderno, localizado perto da floresta. As equipas serão capazes de treinar no Estádio Municipal, em Pulawy. Finalmente, nas proximidades de Mazovia vão ficar as equipas nacionais da Croácia (Warka), da Grécia, que escolheu Jachranka, cidade a 20 km de Varsóvia e centro de conferências comumente conhecido. A Rússia vai viver em Varsóvia, no Le Meridien Bristol, e claro, a equipa nacional polaca também vai ficar em Varsóvia, mas no Hotel Hyatt.                
Em Varsóvia, o Campeonato Europeu tem significancia em termos de longo prazo. A construção de novas instalações desportivas, a expansão de estradas, ferrovias e aeroportos, a ampliação da cadeia de hotéis e instalações de catering serão importantes não só no contexto do torneio. O UEFA EURO 2012 ™ é o primeiro investimento que Varsóvia está esperando há anos e que afecta favoravelmente a vida de Varsóvia. Organizá-lo, significa que a nossa cidade será ainda mais atraente para os investidores e turistas de todo o mundo. Em 2009, começámos o boom da construção na capital dos maiores investimentos ligados ao UEFA EURO 2012. Um dos projetos mais importantes foi a construção de aeroporto Warszawa-Modlin. Este é o primeiro em décadas. É  um novo aeroporto polaco para lidar com os primeiros passageiros e deve estar pronto em junho, pouco antes do início do UEFA EURO 2012 ™. Este investimento no futuro vai trazer muita coisa boa para os habitantes de Mazovia, porque o aeroporto de Fryderyk Chopin, em Varsóvia, está muito lotado.
Varsóvia e áreas próximas são uma das aglomerações urbanas da Polônia. Municípios, como Legionowo Sulejówek estão localizados quase dentro dos limites de Varsóvia. Em termos de infra-estrutura rodoviária, está muito bem ligado a Varsóvia, porque a maioria das pessoas trabalha na capital. Apresentada em 1899 pelo economista Inglês Alfred Marshall, a definição de  "distrito industrial” (aglomeração) explica muito bem porque a cidade de Warsaw vai também beneficiar do UEFA EURO 2012 ™. De acordo com Marshall, os distritos industriais são caracterizadas por um grande movimento de pessoas e bens, e grande comércio de serviços. Um distrito industrial é um aglomerado de vilas e aldeias vizinhas, que constituem um corpo comum através da integração ou complementaridade das diferentes formas de infra-estrutura que possuem e a utilização mútua das potencialidades que esses lugares têm. É possível aumentar a competitividade por causa desse modelo de localização e organização das actividade produtivas. Existem modernos sistemas de infra-estrutura urbana que permitam a articulação de funções e a cooperação urbana. Os benefícios de aglomeração são decorrentes da utilização conjunta de componentes do sistema e melhor utilização dos recursos disponíveis. Em razão disso, o UEFA EURO 2012 ™ trará benefícios não só de Varsóvia mas também a pequenas cidades situadas em torno dela. Para cidades menores, serem centros de acolhimento de equipa nacionais é um desafio enorme e é até possível que venham a beneficiar mais do que Varsóvia da organização do campeonato.

Justyna Garbacz


[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Desenvolvimento e Competitividade do Território” do curso de Mestrado em  Economia, Mercados e Políticas Públicas (2º ciclo) da EEG/UMinho]

quinta-feira, janeiro 26, 2012

XXXVIII RER - Congreso de la Asociación Española de Ciencia Regional - Bilbao'2012

«Sres. y Sras.,
Queremos anunciarles ya el Congreso Anual de la Asociación Española de Ciencia Regional, la XXXVIII Reunión de Estudios  Regionales, que se celebrará en Bilbao los días 22 y 23 de noviembre de 2012.
La sede del Congreso será la Deusto Business School y el Paraninfo de la Universidad del País Vasco. 
El título del tema principal es The Challenge of Regional Development in a world of changing hegemonies: Knowledge, competitiveness and austerity”.

Las Áreas Temáticas para el Congreso son:
1.        Crecimiento, convergencia regional y políticas de cohesión
2.        Distritos industriales, clusters y política industrial
3.        Turismo
4.        Empresas, innovación y competitividad
5.        Desarrollo urbano y municipal
6.        Transporte, movilidad e infraestructuras
7.        Energía, sostenibilidad, recursos naturales y medio ambiente
8.        Población, movimientos migratorios y mercado de trabajo
9.        Gobierno, ordenación del territorio, viviendas, servicios públicos y fiscalidad.
10.      Sociedad del conocimiento, universidades e investigación
11.      Métodos de análisis regional

La planificación del calendario que se propone es la siguiente:
Presentación de resúmenes:  hasta el 31 Mayo de 2012
Selección de resúmenes:  30 Junio de 2012
Presentación de trabajos:  hasta el 30 Septiembre de 2012

Próximamente los contenidos de la web serán  implementados con más informaciones al respecto.
Esperamos contar con su participación en esta nueva edición del congreso anual de la AECR y seguimos en contacto.

Atentamente,

Comité Organizador de la XXXVIII RER»

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

Os Municípios que se tornam ´capitais`

            Tem sido hábito dos municípios portugueses afirmarem-se como sendo uma Capital. De norte a sul do país, cinquenta e três dos trezentos e oito municípios assumem-se como entidades de referência. São vários os elementos que os distinguem dos demais congéneres, desde a sopa de pedra, ao barroco, passando pela cutelaria, leitão, vinho, mármore, entre muitos outros temas que fazem parte da identidade das Terras. Não obstante esta diversidade de factores, todos eles “perseguem” um mesmo objectivo: a captação de visitantes.
            Numa perpesctiva mais minuciosa, podemos salientar alguns factores que levam alguns municípios a afirmarem-se como Capital. Por um lado, são vários os acontecimentos históricos que permitem a afirmação nacional do município, nomeadamente o seu crescimento ao longo de décadas, incluse séculos, como é o caso da cidade de Coimbra, a Capital do Saber Português. Por outro lado, existem também aqueles múnicipios que procuram uma característica própria e invulgar susceptivel de os diferenciar dos demais, para assim se poderem evidenciar, adoptando medidas de promoçao do turismo específicas com o fim de atrair um número cada vez maior de visitantes, promovendo simultaneamente a atividade e o crescimento económico na localidade, como por exemplo  a Marinha Grande que é a Capital do Vidro, aproveitando a indústria local e criando um mudeu do vidro de forma a divulgar a produção local aos visitantes, conseguindo com isso captar mais clientes.
            Actualmente e, face ao que antecede, é possível associarmos determinadas localidades a algo que as identifique, por exemplo, Vinhai à capital do fumeiro, Mirandela à capital da alheira, Favaios à capital do moscatel, Felgueiras e Ponte de Lima à dupla capital do do vinho verde, Almeirim à capital da sopa de pedra, entre muitos outras, mas há também aquelas que surpreendem a maioria das pessoas pelo seu carácter invulgar, como é o caso de Linhares à capital do parapente.
Num ano em que a cultura, mais que nunca, está levar o nome do nosso país a vários cantos do mundo, não podemos deixar de fazer referência ao facto de termos, orgulhosamente, a Capital da Europeia da Cultura, Guimarães, e a Capital Europeia da Juventude, Braga, concentradas numa só região, mais concretamente, no coração Minho. Estes acontecimentos também contribuirão para a divulgação e promoção da atividade local, atraíndo à escala internacional inúmeros turistas.
            Imaginemos agora se cada município procurasse na sua terra e nas suas gentes um motivo de eleição para se intitular de capital. Tal tornaria, aos poucos e poucos, o nosso país mais competitivo, e contribuiria fortemente para a dinamização e comercialização dos produtos locais.
Havendo possibilidade e disponibilidade das entidades locais para a promoção da identidade de cada um dos seus municípios, o seu crescimento e visibilidade nacional e internacional seria maior bem como, constituiria uma medida de combate à desertificação e tentativa de coesão territorial.
Da mesma forma que, ao longo de décadas, ou mesmo séculos, as feiras locais serviram as populações trazendo vendedores com produtos importantes, por outro lado, também influenciavam as trocas comerciais entre agentes locais. Aproveitando esta ideia de que, em alguns casos, os vendedores externos vinham às localidades trazer produtos, a existência de localidades capitais de algum produto ou serviço implica o acontecimento contrário, passando a ser as gentes de fora da localidade a procurarem nesta produtos únicos. Com isso, as gentes locais beneficiam pois os grandes acontecimentos locais que promovem a divulgação da capital traz às localidades inúmeros visitantes, promovendo claramente o crescimento do comércio local.
Seria de todo importante que os municípios portugueses se concentrassem na promoção de produtos locais de forma a serem reconhecidos como Capital, atraíndo a sí o comércio e, consequentementepromovendo o crescimento económico. 
Manuel Mendes

Listagem das Capitais de Portugal:
- Almeirim: Sopa da Pedra 
- Alvaiázere: Chícaro (*) 
- Anadia: Espumante (*) 
- Armamar: Maça da Montanha 
- Barrancos: Presunto (*) 
- Bombarral: Pera Rocha 
- Bucelas: Arinto (*) 
- Braga: Barroco 
- Caldas da Rainha: Cerâmica / Comércio Tradicional (*) 
- Caldas das Taipas: Cutelaria (*) 
- Cartaxo: Vinho 
- Castelo de Paiva: Águas Bravas (*) 
- Celorico da Beira: Queijo da Serra (*) 
- Coimbra: Saber Português 
- Entroncamento: Comboio 
- Estremoz: Mármore 
- Favaios: Moscatel 
- Felgueiras: Calçado / Vinho Verde (*) 
- Ferreira do Zêzere: Ovo (*) 
- Fundão: Cereja 
- Golegã: Cavalo (*) 
- Linhares: Parapente 
- Lousã: Papel e Livro 
- Marinha Grande: Vidro 
- Marvão: Castanha 
- Mealhada: Leitão 
- Melgaço: Rafting (*) 
- Miranda do Corvo: Chanfana (*) 
- Mirandela: Alheira 
- Montemor-o-Velho: Arroz 
- Montijo: Porco 
- Moura: Azeite Alentejano 
- Óbidos: Chocolate 
- Olhão: Marisco 
- Ourique: Porco Alentejano 
- Paços de Ferreira: Móvel (*) 
- Paredes: Design (*) 
- Penacova: Lampreia (*) 
- Peniche: Onda (*) 
- Ponte de Lima: Vinho Verde 
- Portimão: Sardinha 
- Póvoa da Lomba: Caracol 
- Resende: Cereja (*) 
- Rogil: Batata Doce 
- Santa Luzia: Polvo 
- Santarém: Gótico 
- São Brás de Alportel: Cortiça 
- São João da Madeira: Calçado (*) 
- Valpaços: Folar 
- Vila Nova de Famalicão: Automóvel Antigo (*) 
- Vila Nova de Poiares: “Universal” da Chanfana / Artefacto e Gastronomia 
- Vila Pouca de Aguiar: Granito (*) 
- Vinhais: Fumeiro 
(*) Marcas registadas 


[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Desenvolvimento e Competitividade do Território” do curso de Mestrado em  Economia, Mercados e Políticas Públicas (2º ciclo) da EEG/UMinho]

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Estratégia de promoção de Varsóvia antes do UEFA EURO 2012

A organização do UEFA EURO 2012 é um sério desafio para a Polônia, mas também uma oportunidade única para promover o nosso país na Europa e em todo o mundo. Um ano antes do torneio foi lancada uma campanha promocional com o envolvimento dos ministérios (Ministério do Desporto e Turismo, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Cultura), governos locais e agências governamentais responsáveis ​​pela promoção nacional (Organização polaca do Turismo, Adam Mickiewicz Institute). A campanha promocional foi coordenada com as ações relacionadas com a Presidência polaca na União Europeia no segundo semestre de 2011. Milhares de fãs de futebol irão visitar a Polónia - estas serão as pessoas que não necessariamente escolheriam o nosso país como destino de férias. Esta é a nossa oportunidade de construir a imagem de marca - Polónia - através da experiência direta e imediata, bem como o "boca a boca" positivo, a mensagem repassada pelos fãs, turistas, jornalistas e atletas que vão visitar o nosso país. Pois, como os estudos mostram, na maioria das vezes as opiniões sobre a Polónia de estrangeiros que vivem ou visitam o nosso país são positivas. Isto significa que o contato direto é a nossa força. UEFA EURO 2012 vai facilitar o contato a milhares de potenciais amigos da Polónia.
As autoridades do país estão a fazer tudo para fazer publicidade à Polónia e ajudar os estrangeiros a vir cá. Para este efeito, lançou uma série de iniciativas, tais como guia polaco. O guia polaco é um guia eletrônico que abrange todas as linguas, criado especialmente para os turistas estrangeiros e espectadores que irão visitar a Polônia durante o Euro 2012. Está agora disponível em 6 idiomas (polaco, Inglês, Espanhol, Russo, Alemão e Francês). Os turistas e fãs de toda a Europa a partir de hoje podem encontrar em suas línguas nativas tais informações sobre a Polónia e a sua lingua, as cidades anfitriãs do torneio, o transporte público, atrações turísticas, alojamento, estádios e Fan Zones.
Em conexão com o Campeonato são esperados mais de um milhão de fãs que visitarão a Polônia. Para lidar com todos os convidados serão treinados mais de 8.000 voluntários, que darão apoio em locais estratégicos, como aeroportos, estádios, estações ferroviárias e nos centros das cidades e áreas para os fãs. As autoridades polacas estão à espera que através da organização do evento vá ocorrer o efeito chamado “efeito de Barcelona”, ​​ou seja, o aumento da atratividade do nosso país. Prevê-se que após o UEFA EURO 2012, nos anos 2013-2020, a Polónia será visitada cada ano por cerca de 500 mil ou mais pessoas.
Varsóvia apresentou o filme com que quer atrair fãs para escolher o Euro 2012. O cenário é simples: Ele: é bonito, jovem empresário que está em Varsóvia para negócios; Ela: é bonita, loira e encontra-se a fazer um passeio. Eles encontram-se no hotel, na Parte Nova da cidade, e ele começa a correr atrás dela. E, na verdade, começa a persegui-la porque a loira começa a correr mais rápido, salta de cima da Poniatowski ponte, dando um salto para dentro do rio Vistula, depois escala a fachada BUW-u, correndo através do telhado do estádio do Legia, após Krakowskie Przedmieście e, eventualmente, chega ao Estádio The National. Lá, ele de repente percebe que está atrasado. Então, vamos encontrá-lo subindo as escadas de um edifício moderno onde a empresa provavelmente já espera os convidados, entre eles esta a loira. A loira simboliza a Polónia e o homem a Ucrânia.
Este cenário foi comprado pela Agência de Promoção de Capital no mercado aberto. Em seguida, anunciou um concurso para a realização do filme. Ganhou um estúdio de cinema que ofereceu o menor preço: 505 mil. .  A corrida é uma desculpa para mostrar no contexto do euro muitos lugares bonitos. O telespectador vai-se surpreender que Varsóvia tem muitos deles, alguns extremamente modernos. "Contexto do Euro" é rodado nos estádios. Embora as autoridades de Varsóvia tenham pago meio milhão de zlotys, poucas pessoas gostam este filme.
O vídeo no YouTube foi visto mais de 80 mil pessoas. O filme foi avaliado positivamente por menos de 200 pessoas. "Infelizmente, muito fraco, artificial, má história. Grande pena"- é um dos comentários abaixo do vídeo. Mais, o filme é quase idêntico à publicidade corporativa japonesa Fujitsu. O anúncio Fujitsu também é um homem e uma mulher. O seu percurso dá voltas, envolve acrobacias como parkour, exatamente o mesmo que na publicidade sobre Varsóvia.

Justyna Garbacz


[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Desenvolvimento e Competitividade do Território” do curso de Mestrado em  Economia, Mercados e Políticas Públicas (2º ciclo) da EEG/UMinho]

Association of Critical Heritage Studies: call for abstracts

Association of Critical Heritage Studies
 Inaugural Conference, Gothenburg, Sweden
 5-8 June 2012
'The Re/theorisation of Heritage Studies'

Deadline for individual abstracts on papers or performances: 31 January 2012

                                     Call for Papers.pdf
The inaugural conference of the Association of Critical Heritage Studies will be held at the University of Gothenburg, Sweden, in June 2012. The Association of Critical Heritage Studies, to be launched at this conference, will establish in association with the International Journal of Heritage Studies (IJHS) an extensive network of heritage scholars across the globe in order to debate and discuss cutting-edge research in the field of heritage studies. We see Heritage Studies as emerging from diverse disciplinary fields, in particular public history, memory studies, museology, cultural heritage, tourism studies, architecture and planning, conservation as well as cultural geography, sociology, cultural studies and policy, anthropology, archaeology and ethnomusicology, artistic research and artistic practices, and encourage people working in those areas to submit papers or propose sessions/workshops that address the inter-disciplinary nature of Heritage Studies.

This conference will develop current theoretical debates to make sense of the nature and meaning of heritage. As such, we invite submissions from people working within the ‘broad church’ of the current flowering of contemporary heritage studies.

Papers should encourage cross-cutting thinking and should not be afraid to try to theorise what heritage studies is and where it should go. They should be underpinned by an active move away from site- and artefact-based definitions of heritage in a traditional sense and should pursue instead a range of methodologies and questions aiming at interdisciplinarity stemming from social science, scholarly traditions, natural science, and also areas such as artistic practices, and the performing arts.
[...]
Deadline for individual abstracts on papers or performances: 31 January 2012.

Selected papers and/or sessions could be published in IJHS.

Abstracts should be sent to:
Bosse Lagerqvist (Organisation committee)
E-mail: bosse.lagerqvist@conservation.gu.se
Fax: +46 31 786 4703
University of Gothenburg, Conservation
P.O. Box 130
SE-405 30 Gothenburg, Sweden»

(reprodução parcial de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, reenviada por Paula Cristina Remoaldo)

terça-feira, janeiro 24, 2012

IC 35: Castelo de Paiva merece

             A comunidade urbana do Vale do Sousa, composta pelos municípios de Castelo de Paiva, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel, inserida na NUT III da Sub-região do Tâmega, tal como todas as comunidades urbanas, tem como objetivos a criação de laços de união, o crescimento e a coesão social em cada município membro.
              Tendo em consideração a doutrina defendida pelos clássicos nas teorias de dispersão territorial, podemos considerar que o município de Penafiel, pela sua área territorial, população e PIB per capita, entre outros indicadores, teria ao seu dispor todas as condições para ser o centro mais urbano que os demais parceiros, em que todos os municípios periféricos gravitariam em seu redor. Tal não significaria uma desvalorização dos restantes municípios, mas antes teria de ser perspetivado num sentido estratégico de crescimento.   Consequentemente ao facto de Penafiel ser o centro gravitacional de toda a região, os demais municípios estariam periféricos. 
          Tal como foi defendido por Christaller (1893-1969) e desenvolvido por Lösch (1906-1945), na decisão sobre a localização das empresas devemos ter em conta dois importantes fatores, nomeadamente o alcance atingido pelo bem produzido e o limiar da procura. Desta forma, a presença destes fatores, seria mais benéfica para a região no sentido de que o ganho geral alcançado poderia ser superior à soma do ganho das partes.
             Por outro lado, Alfred Weber (1868-1958), considerava que as empresas tinham uma "certa tendência" para se localizarem em áreas cujo custo de transporte era mais reduzido, sendo que tal localização seria mais próxima não só da matéria-prima como inclusive da mão-de-obra disponível, podendo optar pelo seu público-alvo. Assim, quanto maior for o nível de captação de empregadores, maior será, consequentemente, o desenvolvimento territorial onde tal investimento for efetuado.
              Tendo em consideração as teorias defendidas pelos "clássicos" supra referidos, é com clara evidência que podemos confirmar a existência de diversos fatores económicos favoráveis à construção do IC35. Assim, a sua construção encurtaria, em termos temporais, a ligação entre os municípios periféricos uma vez que, atualmente, Castelo de Paiva, é o único município que não dispõe de qualquer ligação rápida com a Comunidade Urbana e, simultaneamente, os custos de localização das empresas com sede em Castelo de Paiva seriam mais reduzidos, na medida em que o alcance do bem seria maior o que, por sua vez, implicaria uma subida do limiar da procura na sua localização territorial.
            E, se os motivos económicos não são suficientes, recordemos a noite de 4 de Março de 2001, em que foram feitas promessas e assumidos compromissos e, onze anos depois, o IC 35 não está ainda concluído, nem sequer 5% de todo o seu trajeto que pretende ligar Penafiel a Sever do Vouga, passando por Castelo de Paiva, Arouca e Vale de Cambra.
           Os 13km que separam Entre-os-Rios a Penafiel pela EN 106, nestes últimos 11 anos já vitimizaram mais pessoas (mortos e feridos graves) que a queda da ponte Hintze Ribeiro, com uma diferença: a ponte além de ser reconstruída, foi construída ao seu lado uma outra para lado nenhum, mas a estrada mantém-se silenciosa, com filas intermináveis e acidentes quase diários.
            As restrições orçamentais, por muito válidas e querentes que possam ser neste tempo de crise, em que os cortes cegos nem sempre salvaguardam princípios básicos como a igualdade e a coesão social, torna-se legítimo questionarmo-nos se os motivos referenciados não são suficientes para que Castelo de Paiva deixe de ser o único município do Vale do Sousa sem acesso rápido a um centro urbano quer a norte, quer a sul ou ao litoral. Estarão assegurados os 30 minutos vitais que distanciam ao Hospital Padre Américo ou São Sebastião?
            O IC 35, além de ser vital para ligar Castelo de Paiva a norte, facilitará a eliminação de barreiras de interioridade que o município de Arouca também sofre. Mais que ser imprescindível e benéfica, tanto em termos económicos como sociais, a construção do IC 35, torna se justa, pois Castelo de Paiva merece que a obra prometida ganhe contornos estruturais.

Manuel Mendes 


[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Desenvolvimento e Competitividade do Território” do curso de Mestrado em  Economia, Mercados e Políticas Públicas (2º ciclo) da EEG/UMinho]

quarta-feira, janeiro 18, 2012

"[REDES] Publicação de nova edição"

"A Revista Redes acaba de publicar seu novo número em
Convidamos todos a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

Agradecemos seu interesse em nosso trabalho,

Profa. Virginia Elisabeta Etges
Prof. Silvio Cezar Arend
Editores"


(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)

terça-feira, janeiro 17, 2012

Frigideiras do Cantinho – o rosto da cultura histórica gastronómica de Braga

No remoto ano de 1796, no reinado de D.Maria I, abria em Braga o estabelecimento «Frigideiras do Cantinho». A particularidade deste espaço comercial, o mais antigo do género, prende-se com a forte relação que possui com um produto em especial, ao homenagear em nome, e na confecção, um folhado de carne com características muito peculiares. O que parecia então apenas mais um estabelecimento, foi uma prova espectacular da resistência ao esquecimento, através da manutenção da sua forte cultura histórica.
Este local foi criado para a confecção e comercialização especificamente das frigideiras, tendo mantido até à actualidade a receita, com um segredo transmitido de geração em geração, sendo que comercializa ainda hoje outros exemplos da doçaria portuguesa e regional minhota.
No entanto, para quem ainda não provou o famoso folhado que dá nome ao estabelecimento, é pertinente conjecturar: mas qual é o segredo secular desta iguaria? As frigideiras, consideradas património da cidade, são confeccionadas com carne de vitela moída enrolada num folhado em forma de pastel, o que impreterivelmente leva margarina e banha. Como é de calcular tem bastantes calorias, mas o sabor é único, e faz com que tenha muita procura em Braga, por turistas, e até locais, que aproveitam a visita ao centro da cidade para frequentar as instalações. Segundo reza a lenda, tudo começou há mais de 200 anos quando uma senhora natural de Braga começou a fazer a receita e a passá-la de mão em mão.
O estabelecimento original conta agora com outros dois estabelecimentos, para além da “casa mãe”, todos com a mesma gerência de forma a perpetuar o legado histórico de igual forma. A gerência garante que a receita se mantém até à actualidade, sendo que o segredo foi transmitido de geração em geração, e sendo isso mesmo o que as torna únicas e procuradas por visitantes de toda a parte. Actualmente o negócio está na família há duas gerações, depois de ter sido herdado. A necessidade em abrir um espaço maior veio do simples facto de que a crescente procura necessitava de uma oferta bastante maior. No entanto, os cuidados passaram por não perder a mística que envolve este produto regional secular, e como tal, todo o negócio ficou na família.
A secularidade da receita é tal que a gerência assegura que até Almeida Garrett invocou as Frigideiras de Braga na famosa obra “Viagens da Minha Terra”, assim como Júlio Dinis, nos «Serões da Província», de 1870, se referia a esta secular iguaria. Aliás, esta curiosidade histórica é um motivo de orgulho e é celebrado na placa pendurada nas paredes remodeladas da casa.
Um dos símbolos de Braga, surge e prospera num contexto histórico, rodeada de marcos relevantes na cidade, como a Sé ou a Arcada, bebendo da potencialidade turística da cidade. Os seus objectivos ultrapassam os de bem servir o cliente, na medida em que cumprem até propósitos educativos. A este título refiram-se as ruínas romanas, séc. III, IV, visíveis no subsolo do estabelecimento comercial, único exemplo do género.
Fundada nos finais do século XVIII, em 1796, esta pastelaria, confunde-se com a própria história do folhado de carne que lhe dá nome, tornando-se num estandarte da doçaria minhota e um ponto indispensável num roteiro turístico pelo património histórico de Braga.

Miguel Gomes

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Call for Papers: 18th APDR Congress


Call for Papers | 18th APDR Congress | 
Innovation and Regional Dynamics | 
14th-16th June 2012 | Faro, Portugal

  • Abstract Submission Deadline: February 13th, 2012
  • Results of the review process will be communicated to authors by aproximately: March 9th, 2012
You must have an account for an online submission (abstract and/or paper) or to register.

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Guidelines for Abstracts: Abstracts are accepted in the following languages: Portuguese, English or Spanish. The papers can be presented in one of these three languages and parallel sessions will be organized by language to facilitate the participation of people who do not speak Portuguese.

The text should not exceed 1.500 characters (including spaces).

Subthemes:
  • Innovation and Regional Dynamics
  • Innovation and Territory
  • Teaching and Research in Regional Science
  • Regional development policies
  • Globalization and regional development
  • Spatial dimensions of the crisis of the state
  • Urban Sustainability
  • Transport networks and territory
  • Tourism and sustainable development
  • Local and rural development
  • Economics of natural resources and environmental (6th Congress Nature Management and Conservation Sessions)
  • Nature Management and Conservation (6th Congress Nature Management and Conservation Sessions)
  • Operational Models of Regional Economics
  • Instruments of spatial planning
  • Regionalization and Regional and Local Finance
  • Spatial Econometrics


(reprodução parcial de mensagem que me caiu na passada semana na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

sábado, janeiro 14, 2012

Termas de Vizela: ascensão e declínio económico

Nos finais do séc. XVIII, uma pequena povoação a sul da cidade de Guimarães pertencente a este concelho começou aos poucos a desenvolver-se, à mercê das águas sulfurosas que brotavam das entranhas da terra, em cinco locais diferentes. Durante muito tempo essas águas serviram apenas os habitantes mais pobres que se banhavam nos charcos que ali existiam.
Vizela, que durante muitos anos foi apelidada de “A Rainha das Termas”, começou a florescer como local de culto termal, tais eram (são) as qualidades das suas águas e que eram um remédio para grande número de enfermidades, estre as quais as que se relacionavam com as vias respiratórias, enfermidades dermatológicas e do aparelho locomotor. A todos os lados iam chegando notícias destas águas milagrosas e, por via disso, ali começaram a afluir doentes um pouco de toda a parte em busca de alívio para as suas doenças.
É neste contexto e para dar resposta a esta gente que aumentava a cada ano que se desenvolveu um comércio paralelo, o qual passava pela abertura de restaurantes, hotéis e as lojas mais diversas, que vieram enriquecer a outrora pobre povoação do concelho de Guimarães.
De dia, os aquistas frequentavam as termas, passeavam pelas ruas e comerciavam. À noite, havia lugar a festas, jogatinas no casino e o dinheiro fluia dos bolsos dos visitantes para os comerciantes locais. Visitantes que, como já referi, vinham de todo o Portugal mas também de paragens longínquas, como o Brasil.
Com a chegada do comboio a Vizela, houve ainda um maior incremento de aquistas, existindo fotografias da época com bagageiros dos hotéis e cambistas postados na estação do caminho-de-ferro, à espera das composições que todos os dias descarregavam turistas, alguns com divisas estrangeiras que precisavam de ser cambiadas para reais, a moeda da época.
O negócio floresceu de tal modo que muita da indústria implantada na vila nos anos dourados da têxtil, em princípios do séc. XX, nasceu graças ao dinheiro amealhado pelas gentes locais e à custa dos forasteiros que iam e vinham cada ano, tão bem se sentiam com os tratamentos termais.
A partir dos anos setenta do século passado, mais concretamente depois da revolução de abril, começa a haver um declínio no campo termal, devido à implantação do serviço nacional de saúde e de uma melhoria geral do nível de vida dos portugueses, que os levou a ter novos hábitos, nomeadamente as férias passadas nas praias, na montanha ou no estrangeiro.
E se algumas termas portuguesas souberam modernizar-se, oferecendo instalações remodeladas, indo assim de encontro não só de quem continuava a necessitar delas para as mazelas de sempre, mas também pondo ao dispor outros tratamentos que pudessem trazer bem-estar às populações, como pacotes de emagrecimento, rejuvenescimento, anti-stress, etc. As Termas de Vizela, porém, talvez por serem geridas por uma sociedade anónima com o capital maioritário nas mãos de uma só pessoa, sem grande visão das leis do mercado, mantiveram o velhinho balneário do séc. XIX. E porque nada foi feito para captar novos clientes, o negócio foi morrendo aos poucos, acabando por encerrar as portas, arrastando na queda boa parte do comércio e restauração dos quais era uma âncora.
Como se pode aferir pelo que foi escrito, e na minha opinião, fizeram falta a esta empresa ideias que acompanhassem as transformações da sociedade, um marketing aguerrido e sobretudo vontade de fazer este tão velho negócio prosperar com o orgulho da sua idade.
Manter este empreendimento vivo, poderia ter sido extremamente benéfico para a actividade turística de Vizela, que desde 1998 adquiriu o título de concelho.
Foi em fins de 2009 que as Termas encerraram, uma consequência da já tão desconfortável crise económica. Muito provavelmente, caso se tivesse mantido uma posição perseverante em relação a esta actividade, hoje Vizela poderia estar em melhores condições, não só económicas, mas também culturais. É certo que a honra da eleição a concelho muito trouxe à cidade de Vizela, mas a verdade é que, pouco de Vizela glorificou esta ascensão.

Joana Dias

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Call for Papers: Ersa Congress 2012

«Regions in Motion: Breaking the Path
Bratislava, 21-25 August 2012


Dear Members,
Dear Colleagues,

We're excited to announce the launching of the CALL for abstracts / papers, of the ERSA Congress 2012 in Bratislava.

The Local Organising Committee and the Slovak Section of the European Regional Science Association is looking forward to welcoming you in Bratislava.

University of Economics in Bratislava invites you to the ERSA Congress 2012
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Dr.h.c. Prof. Rudolf Sivák, PhD. Rector of the University And Assoc. Prof. Anetta Čaplanová, PhD., Chairman of the Local Organising Committee 
are happy to announce a very attractive Congress programme with an appealing list of themes and Special Sessions' topics to attract top level academics around the world and ensure enriching networking and good steps forward for all.   

Keynote Speakers 
  • Ann Markusen
  • James P. LeSage
  • Johannes Bröcker
  • Peter Nijkamp
Round Tables
  • Regional & Urban Development in an Aging Europe
    led by the European Investment Bank (EIB
  • Evolutionary Economic Geography
    led by Ron Boschma
  • Others to follow  
And MORE ...

EPSON will be representing several projects in the following Special Sessions' topics:
  • Knowledge, Innovation and Regional Growth.Territorial   
  • Co-operation and Cross-border Issues
  • Regional attractiveness, mobility and attraction policies
The Urban Economics Association will once again organise its Special Session at the ERSA Congress.

For, this Congress we will have a special focus on "Smart Specialisation" with several Special Sessions, more details to follow.   
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Submission  

The abstracts/papers (for R-Sessions, Young Scientist Sessions, Special Sessions and O-Sessions) are due by 17th February 2012
The Scientific Committee will review the abstracts and the papers all together at the same time.
For more details on the guidelines for the different types submission, click HERE »

(reprodução parcial de mensagem que nos caiu há poucos dias na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

Feiras Novas: Uma Tradição

Ponte de Lima, sedutora Vila, pérola do Minho, terra de Diogo Bernardes e António Feijó, que no lendário Lima e na Ribeira de encantos “terra mais linda não encontrei”. Uma terra com História, com Tradições, com Memória, feita de acontecimentos marcantes como as habituais “FEIRAS NOVAS”, conhecidas como a grande romaria minhota que tem lugar no mês de Setembro, já na azáfama outonal das colheitas de S. Miguel. É um dos maiores e mais genuínos arraiais populares do Alto Minho, e ao longo de três dias e três noites, a festa, a feira, a romaria e a paródia do típico e garrido minhoto genuíno, com arcos multicoloridos projectando sonhos no encanto da explosão do fogo-de-artifício atraem milhares de pessoas para a diversão, para o comércio e para a folia. Mantém-se fiel no essencial à autenticidade das tradições e dos costumes limianos. É com esta grande festa popular que se fecha o ciclo festivo do Verão minhoto, tão intenso e expressivo.
Tem uma dupla dimensão, a de festa profana e a de festa religiosa e já contam com mais de 180 anos, uma vez que o seu início remonta a 5 de Maio de 1826, com a provisão régia de D. Pedro IV. Também chamadas de Festas de Nossa Senhora das Dores, vulgarizou-se a designação popular de Feiras Novas, para as distinguir das feiras quinzenais, às segundas, as mais antigas de Portugal, já referenciadas no foral da rainha D. Teresa, concedido a Ponte de Lima em 4 de Março de 1125.
Desde os primórdios, o programa das festas é extenso e variado e a própria sucessão dos cartazes anuais do evento espelha bem a evolução de uma festa e de gostos dominantes, com algumas constantes ao nível dos divertimentos de carácter popular, consequentemente, as festas de hoje não são, nem podiam ser, as festas de outrora, porém a tudo resistiram as Feiras Novas, às revoluções políticas e mudanças de regime, às transformações culturais e religiosas, às crises económicas e mudanças de hábitos. A cultura de hoje, os novos meios técnicos, o progresso das comunicações, a educação e os gostos das pessoas, tudo foi mudando com o tempo e tudo concorreu para que as grandiosas festas se fossem naturalmente adaptando à cultura de cada época. Assim, o que é “postiço” desaparece, já o que se mostra genuíno perdura, além de que toda a evolução sentida tem de ser vista como sinal de vitalidade, pois no inexorável desenvolvimento turístico não há retrocesso ou estagnação. Ou seja, congregando gerações distintas, as festas de hoje espelham novos tempos, é certo, mas sem terem perdido a alma ou o cunho tipicamente popular que as caracterizam.
Quem alguma vez conheceu e viveu as animadas Feiras Novas da hospitaleira vila de Ponte de Lima, não pode, certamente, apagar da lembrança a intensidade dessas calorosas recordações. Ontem como hoje, continua a revelar-se uma exemplar e cativante festa minhota, com características e atributos bem como o carácter das suas gentes que a tornam verdadeiramente única.
Os festejos estendem-se lateralmente ao rio, desde a alameda e capela de S. João à capela da Senhora da Guia, ao fundo da Avenida dos Plátanos, tendo como grandes centros a Praça de Camões e o extenso areal. Entre as representações mais vivas que se guardam destas memoráveis e alegres festas populares, destaca-se a enorme afluência de povo, em intermináveis ondas de gente, que descem das mais longínquas aldeias até à vila inundando ruas e avenidas, becos e praças; as coloridas iluminações das suas avenidas; o contagiante som das bandas filarmónicas, das concertinas e dos cavaquinhos bem como o ritmo e a graça das danças e das desgarradas; as rusgas e os cantares ao desafio; a sonoridade dos ranchos com os seus estridentes trajes folclóricos desfilando alegremente por qualquer canto da vila; a encantatória variedade das diversões espalhadas pelas ruas e pelo areal, seduzindo miúdos e graúdos; os ritmados desfiles dos Zés P’reiras, gigantones e cabeçudos, ecoando os ares e arrebatando crianças e adultos, ao som de bombos e de gaitas galegas; o variado comércio espelhado pelas ruas; a feira do gado dos lavradores com a presença dos cavalos e garranos; concursos e prémios pecuários; as enérgicas e tradicionais touradas; a vivacidade do Cortejo Etnográfico e Artesanal, interessante desfile das gentes da Ribeira Lima, numa demonstração das suas inúmeras actividades e no qual se farão representar todas as freguesias do concelho; a lição viva do longo e elegante Cortejo Histórico alusivo à História de Ponte de Lima; a majestosa procissão de Nossa Senhora das Dores, em que a população se figura; o sabor único dos típicos pratos gastronómicos e dos tradicionais petiscos, acompanhados do insubstituível verde tinto; o grandioso e culminante do fogo-de-artifício. Por tudo isto e muito mais, as Feiras Novas são consideradas “o maior congresso ao vivo da cultura popular em Portugal”.
Apesar de a enumeração ser longa, na minha opinião, nenhuma descrição, por mais sentida que seja, capta totalmente o espírito alegre e a animação expansiva destes intensos dias de festejos. Actualmente, as Feiras Novas mais do que umas festas concelhias, são já uma marca, uma referência nacional conhecida em toda a parte, atraindo milhares de feirantes e visitantes oriundos dos mais diversos lugares. Aliás, uma das múltiplas funcionalidades sociais da festa popular é justamente a de constituir um elemento de coesão da vida de uma comunidade, é ser padrão identificativo de uma região. É ainda importante saber reconhecer e valorizar a autenticidade e o enorme potencial de uma grande festa com monumental impacto popular, e os emigrantes são prova viva disso. Definitivamente, quem nunca saboreou as Feiras Novas de Ponte de Lima, não conhece uma das mais castiças e vivas festas populares de todo o Alto Minho. Ao longo de três dias de festa, naturais e forasteiros sentem a animação da feira, o pitoresco da romaria e a intensidade da festa. Vivem as Feiras Novas não como espectadores, mas como actores a tempo inteiro, pois as festas e as romarias populares vivem-se, não se admiram apenas exteriormente. Só assim se experienciam os seus elementos lúdicos, dramáticos, gastronómicos, estéticos ou rituais, que caracterizam todas as festas, e só assim se vive uma experiência que já mais se esquecerá.

Catarina Fernandes

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3ºano do curso de Economia da EEG/UMinho]

Guimarães CEC 2012

Desde de 1985 que, por iniciativa da Ministra Grega da Cultura e também artista Melina Mercouri, o título de “Capital Europeia da Cultura” é atribuído a uma ou mais cidades europeias por um período de um ano. Os procedimentos para esta eleição têm-se modificado ao longo do tempo. Actualmente, é necessário que o Estado-Membro interessado apresente a sua candidatura 4 anos antes do ano em questão a diversas instituições europeias como sejam Comissão Europeia, Parlamento Europeu, Conselho e Comité das Regiões.
                Este foi também o caminho seguido por Portugal quando apresentou a candidatura da cidade de Guimarães a Capital Europeia da Cultura 2012. Depois de Lisboa (1994) e Porto (2001), Guimarães é agora o alvo das atenções culturais da Europa e até do mundo. O “berço da nação” tem um elevado valor patrimonial, sendo o seu centro histórico classificado como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 2001. Guimarães é sede de um concelho com cerca de 160000 habitantes, sendo um município português com uma grande população residente e cerca de metade dos seus habitantes têm menos de 30 anos, o que o torna um dos municípios mais jovens da Europa. Andar pelas ruas de Guimarães é recuar no tempo, viver histórias só relembradas em contos e ter a oportunidade de estar mais próximo do que foi o início da nossa nação.
Graças à atribuição do título de Capital Europeia da Cultura, esta cidade está a ser restaurada, renovada, reavivada. São muitas e notórias as diferenças desde que foi divulgado que esta seria o centro cultural europeu de 2012. Hoje, o Largo do Toural está mais amplo, os passeios estão mais largos, as fachadas dos edifícios mais novas e agradáveis, os jardins têm um novo design, estão mais limpos e bem cuidados tal como as ruas, a orientação do trânsito foi alterada e novas infra-estruturas foram e continuam a ser construídas para poderem ser utilizadas quer pelos turistas, que se espera que venham visitar a cidade, quer pela população que nela habita.
                Muitas foram e continuam a ser as críticas ao trabalho desenvolvido pela “Fundação Cidade de Guimarães”, criada no Conselho de Ministros realizado no dia 9 de Julho de 2009 e que tem como principais fins “a concepção, planeamento, promoção, execução e desenvolvimento do programa cultural do evento Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012”[1] e, findo este evento, esta poderá “assumir a gestão do património cultural e dos respectivos equipamentos, propriedade do município de Guimarães (…) com vista à promoção da cultura”1. Os estatutos da Fundação exigem que os indivíduos designados como membros dos órgãos da Fundação sejam “personalidades de comprovada idoneidade, integridade moral e competência”. Ora, não parece que o facto de o Doutor Jorge Sampaio ser o Presidente do Conselho Geral da Fundação tenha sido uma notícia bem “digerida” pelos vimaranenses. Apesar da sua competência não poder ser posta em causa, a verdade é que seria de esperar que este cargo fosse ocupado por alguém que conhecesse muito bem a cidade e as suas necessidades e que fosse dotado de um grande conhecimento do mundo cultural.
                As já referidas obras foram também alvo de várias críticas. A população de Guimarães não percebia o porquê de tantas mudanças feitas. Para além de estarmos atravessar um momento de crise e de não ser fácil aceitar o dinheiro gasto para modificar o que, segundo os vimaranenses, não precisava de ser alterado (aliás, faria até parte da identidade da cidade), as obras causaram grande transtorno a condutores, transeuntes, moradores e comerciantes. Contudo, agora que alguns dos locais mais emblemáticos da cidade estão de “rosto lavado”, parece-me que a Guimarães ficou a ganhar. As críticas foram praticamente silenciadas e existe agora uma cidade diferente para ser conhecida por quem já a havia visto.
                Este desenvolvimento é importante. Seria hipocrisia não assumir que esta candidatura foi uma forma de atrair investimento para o município. Contudo, não nos podemos esquecer que é de cultura que estamos a falar e é nesta que se deviam centrar as atenções de que organiza e promove o evento. Carlos Martins, director artístico, afirma que não existirão grandes nomes, que o objectivo não é “competir com nenhum festival” mas sim criar “um programa para a cidade real”. Pouco se conhece do programa cultural para o ano de 2012, sendo esta falta de programação específica já referenciada diversas vezes. Aliás, Guimarães foi já comparada com outras cidades que haviam previamente sido designadas por CEC como, por exemplo, Liverpool que iniciou a venda de bilhetes para os espectáculos no ano precedente do evento.
Do meu ponto de vista, sem promoção e divulgação não existem espectadores e sem público, os espectáculos são um fracasso. O facto de o público não ter conhecimento do que irá acontecer ao longo do ano faz com que este não participe. E, desta forma, o que poderia ser um dos principais destinos culturais deixe de o ser. Aliás, parece-me que muitos duvidam da existência de um programa anual cultural consistente, interessante e atractivo. De facto, o objectivo de uma CEC não é trazer grandes nomes, mas a verdade é que sem estes, os potenciais visitantes reduzem-se e, assim, diminui também todo o fluxo monetário que seria espectável.
                O grande objectivo deste evento é a promoção da Cultura e, desta forma, não podia terminar sem fazer referência ao facto de também a cidade de Maribor (Eslovénia) ser “Capital Europeia da Cultura 2012”.

Ana Rita Machado

[1] Decreto-Lei n.º202/2009 de 28 de Agosto, Anexo, Capítulo I, Artigo 3.º

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3ºano do curso de Economia da EEG/UMinho]