sexta-feira, dezembro 16, 2011

Alvarinho: a marca de uma região

Nascido num território único no mundo. Proveniente de uma casta singular que só cresce na Península Ibérica. Fruto de uma produção muito limitada e, por isso, exclusiva. Criado por homens que amam o culto da vinha e a excelência do vinho. Assim é o Alvarinho. Com um paladar leve e fresco, cor citrina e aroma delicado. Uma riqueza de extrema raridade. Um vinho tipicamente português, a casta alvarinho é uma das mais importantes variedades da Região dos Vinhos Verdes e um dos mais premiados internacionalmente.
Alvarinho é uma casta branca da espécie da Vitis vinífera originária do Noroeste da Península Ibérica. É uma casta branca de enorme nobreza e produz vinho de elevadíssima qualidade. Actualmente é plantada em diversas regiões de Portugal e do Mundo, mas é na sub-região de Monção e Melgaço que se revela e atinge o máximo das suas potencialidades.
Sendo Monção uma vila com tradições no cultivo da vinha, não é de estranhar que o vinho alvarinho seja originário de Monção. Nos últimos anos Melgaço tem-se destacado pela excelente qualidade dos seus vinhos e também pela correcta implementação do conceito do enoturismo, facto que lhe valeu a inclusão no nome da sub-região que era originalmente de Monção.
A localização geográfica das duas vilas, é caracterizada por um microclima único, por ser um clima temperado com Invernos frios e chuvosos e um Verão seco e ameno. Nessas regiões existiam, em 2006, cinquenta engarrafadores de vinho Alvarinho, cerca de 82%. As empresas sedeadas na Sub-região de Monção e Melgaço são responsáveis por 78% das 76 marcas presentes no mercado.
A Festa do Alvarinho e do Fumeiro decorre todos os anos por volta de Abril desde 1994 e é organizada pela câmara de Melgaço de forma a promover os produtos típicos da região, entre eles o alvarinho.
A região tem aproveitado para através do alvarinho para dar-se a conhecer, mostrando que tem outros pontos de interesse para além do alvarinho. Desta forma tenta atrair turismo e novos investidores para a região. Temos o enoturismo, que abrange muito mais do que apenas beber vinho, é também uma divulgação de toda a cultura local, paisagens, para além de acrescentar dinâmica ao comércio local.
Outro dos pontos de interesse é a gastronomia muito rica e também muito apreciada, sendo classificada como “Património Nacional” que “casa” muito bem com o excelente vinho. Podemos mesmo dizer que tanto o vinho como a gastronomia são muito bons separadamente, mas em conjunto são perfeitos.
Para além disto ainda tem muitos lugares de interesse, como os vários percursos pedestres (pontes, marcas românicas, megalitismo), o Parque Nacional da Peneda-Gerês, as pesqueiras do Rio Minho, tudo locais a visitar.
Sendo duas vilas muito antigas, têm também elas os seus castelos, significando as importância destas no passado e guardando neles imensas histórias e toda a cultura de uma região.
Os mais aventureiro têm à disposição um conjunto enorme e variado de actividades desportivas e lazer, para usufruírem de toda a região e fazendo desporto ao mesmo tempo. A região tem um enorme leque de desportos radicais que se podem praticar, fazendo-se valer das excelentes paisagens que tem em sua volta e do rio Minho. Tem ao dispor vários parques de lazer, óptimos para pic-nic e passeios em família. Dispõe de um centro termal para quem quiser relaxar e descontrair aproveitando as suas potencialidades terapêuticas.
Esta é uma região com imenso potencial que encontrou nela qualidades que lhe possibilitem crescer e desenvolver-se, sendo um bom exemplo do que melhor se faz e de que quando as pessoas acreditam nas suas qualidades e capacidades são capazes de fazer bem.

Marco Mota

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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