sábado, julho 10, 2010

"O Quadrilátero Urbano enquanto região metropolitana policêntrica"

«Embora se tenha configurado como resposta a uma política pública nacional, o “Quadrilátero” deve ser entendido como o primeiro passo de um processo amplo que envolve a programação estratégica de investimentos e a respectiva concretização, que fomentem a competitividade e afirmação nacional e internacional do território.
Sobre esta dimensão da razão de ser da rede, considere-se o testemunho do entrevistado I.
Dizia este que a rede urbana emergira como resposta a dois desafios:
i) “O primeiro, resulta da consciência que, após a entrada na Comunidade Europeia, a competição deixou de se fazer país a país […] e passou a fazer-se região a região, cidade a cidade, no interior da comunidade. A natureza da competitividade territorial mudou e mudou de escala sobretudo”;
ii) “A segunda constatação é que o sistema urbano português tem uma evidente fragilidade:
- temos uma área metropolitana que tem uma massa crítica que é significativa em termos europeus, que é Lisboa;
- temos uma segunda área metropolitana que é a do Porto, que já é menos importante em termos de dimensão para a competitividade internacional; e,
- temos depois uma rede de cidades que todas elas padecem de uma dificuldade que é a sua pequena dimensão”.»

Nuno Pinto Bastos
J. Cadima Ribeiro


(excerto de comunicação intitulada "O Quadrilátero Urbano enquanto região metropolitana policêntrica", apresentada no 16º Congresso da APDR, que decorre(u) na Universidade da Madeira, Funchal, entre 5 e 10 de Julho de 2010)

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